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O Altar do Holocausto



Por Nemuel Cruz 

Ao entrar no pátio, a primeira peça do tabernáculo que um israelita via era o altar do holocausto, que ficava entre a entrada do átrio e a entrada do lugar Santo. Ali eram feitos os sacrifícios dos animais pelos sacerdotes, para expiar o pecado do povo.

O altar do holocausto era composto de três partes importantes, descritos da Bíblia: o altar, a grelha, e os varais (Ex 38. 1-7).

O ALTAR

Era quadrado, tinha 3 covados de altura (1.35 mts), e 5 covados de largura (2.22 mts). Era feito de acácia e revestido com uma grossa camada de bronze (ou cobre), totalmente oco no centro (Ex 27.1-2; 38. 1,2, 7b). Em cima, nos quatro cantos possuía quatro pontas em forma de chifres, voltados para fora, onde era amarrado os animais, que ali seriam sacrificados. Tudo isso feito como uma peça só (Lv 27. 2; Sl 118. 27).

A GRELHA


Era feito de bronze (ou cobre), quadrada, com argolas nos cantos, de tal forma que ficava encaixada por baixo do altar, mais ou menos até o meio, onde recebia o sacrifício (Ex 27.4, 5; 38. 38.4,5). A baixo da grelha ficava pedras e areia, e um fogo contínuo que não podia se apagar, acesso pelo próprio Deus e mantido acesso pelos sacerdotes (Lv 6.12,13; 9.23,24)

AS VARAS


Os varais eram feitos de acácia e revestido de bronze (ou cobre), eram usadas para transportar o altar de sacrifício (Ex 38,6,7a) Além do altar existia alguns utensílios, usados na hora do sacrifício,  como o caldeirão, a pá,  o garfo, as bacias e os braseiros (Ex 27. 3; 38.3)

SUA TIPOLOGIA

1. O ALTAR DE SACRIFÍCIO
Por ser feito de acácia, o Altar revela a pessoa de Jesus, como homem perfeito. E o revestimento de bronze, mostra o juízo de Deus sobre Jesus na cruz. Outra curiosidade que podemos observar,  é pelo fato do altar ser oco, indicando a ausência de pecado em Jesus (Ex 38.7b; Hb 4.15)

2. OS CHIFRES
Os quatro chifres falam:
A) Da Justiça de Deus em favor do pecador (Rm 3. 23-36; 5.18)

B) Do sacrifício universal de Jesus (Jo 3.16; 2Jo 2.2)

C) Da multfinalidade do sacrifício de Jesus Cristo pelo pecado do homem, que são: propiciação, substituição, redenção, justificação e reconciliação.

3. A GRELHA
A grelha nos mostra que Jesus levou sobre si os nossos pecados ao se entregar  como sacrifício em nosso lugar na cruz (Is 53).

4. OS VARAIS
Os varas, revela-nos que Jesus carregaria a cruz sobre os seus ombros, mas não carregaria sozinho, pois assim como altar tinha que ser carregado por duas pessoas, a cruz também foi carregada por Jesus e o homem chamado Simeão Cirireu (Lc 23. 26).

5. O FOGO
O fogo do altar fala da Santidade, Justiça e da Ira de Deus sobre o pecado (Dt 4.24; Is 66.15,16; Zc 13.9) que consumia todo o holocausto, indicando que o sacrifício fora aceito em lugar do pecador. Na inauguração do Tabernáculo o fogo saiu de diante do Senhor é consumiu o holocausto, ( Lv 9.24) e devia ser mantido acesso pelos sacerdotes (Lv. 12. 12-13).

6. O CALDEIRÃO
O caldeirão era um tipo de panela onde eram cozidos algumas partes do sacrifício, representa o sofrimento que Jesus passou na cruz (Ex 29.31; 1Sm 2.13, 14).

7. A BACIA
 A bacia servia para colher o sangue do animal sacrifícado, que depois era derramado ao redor e sobre o Altar, fala-nos de Jesus vertendo seu sangue na cruz

8. O GARFO
O garfo de três pontas fala da coroa de espinhos, dos cravos e da lança que furou o lado de Jesus.

9. A PÁ
A pá servia para remover as cinzas do altar para ser jogada fora do átrio em um lugar limpo, fala-nos de Jesus quando foi tirado da cruz por José de Arimateia e colocado no sepulcro novo fora dos muros de Jerusalém (Ex 6.8-11).

O QUE O ALTAR DO HOLOCAUSTO REPRESENTA PARA NÓS HOJE.

Não há dúvidas da importância de estudarmos sobre o altar do holocausto, pois ele nos revela que era impossível sermos aceitos por Deus sem o sacrifício perfeito de Jesus Cristo na cruz (Hb 9.13,14, 22,27). O Altar do holocausto era a perfeita imagem do Calvário no Antigo Testamento. Ali, por meio do derramamento de sangue e do fogo,  Deus mostrava a realidade da consequência do pecado na vida do homem, e apontava Cristo, como a única esperança de redenção da humanidade (Jo 1. 29).

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