"Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada." (Rm 8.18).
É comum ouvir algumas pessoas expressarem a ideia de que têm saudades do céu, como se fosse possível sentir falta de algo que ainda não experimentaram plenamente. No entanto, essa forma de expressão pode não ser a mais apropriada quando se trata da esperança cristã e da visão da vida eterna.
Primeiramente, a saudade é um sentimento que geralmente está ligado à ausência de algo que já foi vivenciado. É nostalgia por momentos passados, por pessoas queridas que já partiram, por lugares que marcaram nossa história. No entanto, quando falamos do céu e da vida eterna com Deus, estamos lidando com algo que ainda está por vir, algo que a nossa mente finita não pode compreender totalmente.
Além disso, a ideia de saudade muitas vezes carrega consigo um certo tom de tristeza, de melancolia pela falta do que já foi. No entanto, a esperança cristã é uma esperança cheia de alegria, de certeza na promessa de Deus. Não se trata de olhar para trás com saudade, mas de olhar para frente com expectativa e alegria pelo que está reservado para aqueles que creem.
Ao dizer que temos saudades do céu, corremos o risco de diminuir a grandiosidade e a plenitude da promessa divina. A vida eterna será uma experiência totalmente nova e transformadora, onde estaremos plenamente na presença de Deus, livres de toda dor, sofrimento e limitação.
Portanto, em vez de dizer que temos saudades do céu, é mais correto e apropriado dizer que anelamos pelo céu, que aguardamos com alegria e esperança o cumprimento da promessa de Deus em nossas vidas. É olhar para frente com fé e confiança na bondade e fidelidade daquele que nos prometeu um lugar eterno ao seu lado.