Salvação, ação de Deus ou resultado da vontade humana?

 Ouso muitos pregadores enfatizando o "livre arbítrio" como o agente principal da nossa Salvação, isso acontece porque não compreendem que a salvação não depende da nossa vontade, mas exclusivamente da ação inicial e final da Graça de Deus. 

Concordo, com o fato que o homem é responsável por atender ou rejeitar o convite da salvação, mas essa decisão só é possível mediante a Graça de Deus. 

Sem a iniciativa de Deus, o homem não pode escolher a salvação, sem que Deus primeiro lhe ofereça.

Deus é quem agi primeiro e só assim, o homem então pode decidir.

Escravos do pecado

Somos todos escravos do pecado inclusive o nosso "livre-arbítrio", que só pode se inclinar para Deus, com a ajuda da Sua Graça. 

Primeiramente, Deus pela sua Graça, nos ilumina e nos mostra o caminho da salvação e também o caminho da perdição eterna; e permiti escolhermos qual o caminho que queremos andar, sem se omitir de nos alertar do fim daqueles que escolhem o caminho largo da perdição; e também sem obrigar ninguém a escolher o caminho estreito da vida eterna. 

Por isso somos responsáveis em atendermos ou não o convite da Graça de Deus (Mt 11.28), mas este dom é Dele e não nosso. 

Como bem escreveu Paulo: " Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2:8).

Graça ao alcance de todos

Deus não tem a obrigação de salvar ninguém, pois como nos diz a Bíblia, "todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3:23); e ainda que Deus escolhesse alguns para salvar e outros para serem condenados, Deus não seria injusto com ninguém. Afinal de contas, Deus é soberano, o homem pecador e réu digno de condenação.

No entanto, a Bíblia nos revela que Deus agi diferente da nossa lógica humana.

Mesmo sem merecermos, Ele nos amou e sem fazer acepção de ninguém, dispensou a Sua maravilhosa Graça, sobre todos, para que todos possam ter a chance de serem salvos, mediante a fé em Jesus Cristo. 

Ainda que muitos não crêem na pregação do Evangelho,  estes não podem se justificar diante de Deus, dizendo que não são alvos da Sua Graça; pelo contrário à Graça que pode salvar, eles a rejeitam, pela dureza dos seus corações e não porque Deus os endurece ou não os queira salvar.

Deus soberanamente, providenciou todos os meios para virmos a Ele, sem forçar ninguém, para que por meio de sua Graça, possamos atendê-lo livremente e bem-aventurados os que se rendem a está Graça Salvadora. Ela é o fator inicial, cooperante e finalizador de toda a salvação, todavia o fato de nos rendermos a está obra, não nos dá o direito de vangloriar-nos, como se fôssemos co-autor da nossa salvação (Ef 2:8,9), pelo contrário, é a Graça de Deus quem primeiro nos alcança, deixando-nos livres para atendermos ou rejeitamos a salvação que nos é oferecida, em Cristo, pela fé (Jo 1: 14-17; Tt 3:11). 

UM FAROL EM ALTO MAR

Imagine um barco em meio a uma terrível tempestade indo em direção a costa rochosa, de repente uma luz forte atravessa a tempestade e a escuridão da noite alertando o perigo, porém o faroleiro não toma o leme da embarcação, mas espera que o piloto faça a sua escolha, e se afaste para longe, para não naufragar.

A Graça de Deus é assim, ela não atropela a nossa vontade, mas nós revela a direção certa a seguirmos, como um farol em alto mar. 

Por tanto, Deus é o autor da nossa salvação, porém somos responsáveis, em aceitarmos ou não a sua Graça, pela fé em Jesus Cristo.