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O Perigo da Ignorância Bíblica: Um Chamado à Responsabilidade no Ensino da Palavra

 


  A igreja cristã, ao longo dos anos, tem sido abençoada por grandes avivamentos, manifestações do Espírito e crescimento espiritual. No entanto, paralelamente a isso, também tem enfrentado um problema sério: a negligência no ensino das Escrituras. Muitos têm se contentado em repetir mensagens de efeito, frases populares e tradições humanas sem examinar se essas coisas, de fato, têm respaldo bíblico.

Hoje, com o fácil acesso à informação, temos ainda mais responsabilidade de ensinar corretamente a Palavra de Deus. Como ministros, líderes e obreiros, somos chamados a zelar pela verdade do Evangelho, e não apenas alimentar o emocional com pregações empolgantes ou atos proféticos desprovidos de fundamentação bíblica.


OS APÓSTOLOS ERAM FIÉIS ÀS ESCRITURAS


Os apóstolos não pregavam o que "sentiam", nem acrescentavam à mensagem pensamentos próprios. Eles se apoiavam nas Escrituras e na doutrina de Cristo. É nosso dever seguir o mesmo exemplo, evitando adaptar o Evangelho aos nossos gostos ou tradições.

“Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” (Gálatas 1:9)

Infelizmente, o que se vê hoje é o acréscimo de pensamentos humanos ao Evangelho — ideias que, muitas vezes, ferem a graça de Deus e confundem o povo. Por isso, precisamos estudar, pesquisar, examinar e ensinar com responsabilidade.


A TEOLOGIA NÃO ESFRIA O CRENTE, ELA ILUMINA

Em muitas igrejas pentecostais, ainda há a ideia de que estudar teologia "esfria" a fé. Alguns repetem o versículo “a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Coríntios 3:6) como justificativa para rejeitar o estudo profundo da Bíblia. Porém, Paulo ali se referia à letra da Lei mosaica, não ao estudo da Palavra ou da teologia.

O próprio apóstolo Paulo foi um teólogo e mestre das Escrituras, e incentivou seu discípulo Timóteo a ler, ensinar e se dedicar ao estudo (1 Timóteo 4:13). O estudo não mata — o que mata é ensinar sem saber o que se está falando.


 O ENSINO DEVE TER PRIORIDADE

Há um desequilíbrio perigoso no meio pentecostal: o foco exagerado nas manifestações espirituais e pouca ênfase no ensino metódico e bíblico. Louvamos a Deus pelos dons e manifestações do Espírito — eles são parte essencial da vida da igreja —, mas eles não substituem a pregação e o ensino claro da Palavra.

Veja o exemplo em Atos 2: o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos, e todos foram cheios. Mas foi por meio da pregação de Pedro, fundamentada nas Escrituras, que houve conversão em massa: cerca de 3.000 almas se renderam a Cristo. Como disse Paulo: “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Rm 10:17)

Paulo também tratou disso ao corrigir os excessos da igreja de Corinto, dizendo : “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.” (1 Co 14:40)


ERROS REPETIDOS POR FALTA DE CONHECIMENTO 

Nas igrejas, é comum ouvirmos frases que soam bonitas, mas que, quando analisadas à luz da Bíblia, revelam falta de fundamento:

"A palavra de Deus se renova a cada manhã" — Essa afirmação é muito usada como desculpa por quem sobe ao púlpito sem preparo, tentando justificar a falta de estudo com um jargão emocional. No entanto, a Bíblia não diz que a Palavra de Deus se renova. Pelo contrário, ela declara que a Palavra do Senhor é eterna, imutável e permanece para sempre (Isaías 40:8; Salmos 119:89). O versículo que muitos confundem está em Lamentações 3:22-23, onde Jeremias afirma que as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã, ou melhor, que se tornam novas a cada manhã, como expressão do cuidado contínuo de Deus.

A Palavra não muda — quem é renovado por ela somos nós, à medida que a obedecemos e guardamos em nosso coração (Salmos 119:11). Quando transformamos esse conceito em um bordão, estamos banalizando a Escritura e promovendo um engano espiritual. A renovação diária está no agir de Deus em nós, não em uma suposta “mudança” da Sua Palavra.

"Na presença de Deus, até a tristeza salta de alegria" — Na verdade, esse texto refere-se à presença do Leviatã (Jó 41:22). Já sobre a presença de Deus, o Salmo 16:11 declara: "Na tua presença há fartura de alegrias, à tua direita há delícias perpetuamente."

"Onde estiverem dois ou três reunidos, Deus se faz presente" — Embora seja um versículo real (Mt 18:20), o contexto fala sobre disciplina e autoridade na igreja, não sobre qualquer reunião informal. Deus é onipresente e não está limitado à quantidade de pessoas.

"Quando Jesus morreu, houve festa no inferno" — Isso é pura heresia. A Bíblia não relata festa alguma no inferno. Pelo contrário, em Colossenses 2:15 diz que Jesus despojou os principados e potestades, e os expôs publicamente ao desprezo, triunfando sobre eles na cruz.

"Saulo virou Paulo" — Outro equívoco. Saulo e Paulo são o mesmo homem. Saulo era seu nome hebraico, Paulo era seu nome romano. Ele não mudou de nome após a conversão, apenas passou a usar seu nome romano para alcançar melhor os gentios.

"Jesus é a Rosa de Saron e o Lírio dos Vales" — Essa linguagem poética aparece em Cânticos 2:1, onde é a mulher (símbolo da noiva, a igreja) quem fala: "Eu sou a rosa de Saron, o lírio dos vales." Aplicar isso diretamente a Jesus é uma interpretação equivocada.

"Os que de madrugada me buscam, me acharão": Muitos usam esse versículo como base para afirmar que Deus só ouve ou responde orações feitas de madrugada, o que é uma distorção do real sentido do texto. Em Provérbios 8:17, está escrito: "Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam, me acharão." — mas o contexto não está tratando diretamente da oração em um horário específico, e sim de buscar a sabedoria com diligência, com prioridade, com sinceridade e desejo profundo.

A ideia de “buscar de madrugada” tem mais a ver com zelo, esforço e prioridade espiritual, do que com um horário literal. Reduzir essa expressão a um costume religioso da madrugada é esvaziar seu verdadeiro significado. Deus não está limitado pelo relógio; Ele ouve a oração de um coração quebrantado a qualquer hora (Salmo 34:18). O importante não é o horário da busca, mas a intensidade e sinceridade de quem busca.

Essas expressões são muitas vezes ditas com sinceridade, mas refletem a falta de ensino bíblico sólido em muitas igrejas. Estamos priorizando construções físicas e eventos, enquanto a edificação espiritual do povo está sendo deixada de lado.

É urgente voltarmos à Bíblia. O povo de Deus precisa conhecer a Palavra, interpretar corretamente e viver conforme a verdade, não baseando sua fé em frases de efeito, mas na revelação genuína das Escrituras.


OBREIROS PRECISAM DE INSTRUÇÃO BÍBLICA

Não basta que um obreiro seja apenas fervoroso ou cheio do Espírito Santo é indispensável que também seja instruído na Palavra. Como poderá conduzir o rebanho de Deus sem saber manejar corretamente as Escrituras? O zelo sem conhecimento pode levar à confusão e ao erro, mesmo com boas intenções.

O apóstolo Paulo foi direto ao orientar Timóteo, seu filho na fé:

“Persiste em ler, exortar e ensinar.” (1 Tm 4:13)

E ainda:

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Tm 2:15)

Essas palavras são tão relevantes hoje quanto foram naquele tempo. O obreiro precisa estar firmado na doutrina, com uma fé inteligente e bem fundamentada, para não ser levado por todo vento de ensino.

Estudar teologia não é frieza espiritual, nem sinal de incredulidade, mas sim um ato de amor a Deus e zelo pela Sua obra. Como disse o profeta Oséias:

“O meu povo foi destruído porque lhe faltou o conhecimento.” (Oséias 4:6)

E em outro momento, ele nos convida:

“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor.” (Oséias 6:3)

Conhecer a Deus exige mais do que emoção — exige dedicação, leitura, oração, e disposição para aprender. O obreiro que busca crescer no conhecimento da Palavra fortalece sua vocação e protege a igreja contra o engano.

Unção e conhecimento não são opostos — são aliados. Um obreiro cheio do Espírito e instruído na Palavra é uma bênção para o povo e um instrumento eficaz nas mãos de Deus.


 UM CHAMADO À RESPONSABILIDADE NO ENSINO

Se queremos ver uma igreja forte, madura e preparada para os dias difíceis, precisamos voltar ao ensino fiel da Palavra de Deus. Precisamos de pastores e obreiros que estudem, ensinem, alimentem e edifiquem o povo com doutrina saudável.

Tempos são importantes, sim — mas a igreja é feita de pessoas, e pessoas precisam de pastoreio, alimento e instrução.

Vamos zelar por esse chamado. Que não sejamos culpados de repetir os erros do passado por causa da nossa preguiça em estudar ou do desprezo pela sã doutrina. Antes, sejamos cooperadores fiéis da verdade, defensores do Evangelho da graça, e mestres que ensinam com clareza e temor.

Que Deus nos ajude a cumprir esse chamado com fidelidade e zelo.

A declaração “eu não sou santo” contradiz a verdade do Evangelho.

 



   É comum ouvirmos crentes dizerem: “Eu não sou santo”, muitas vezes como uma expressão de humildade ou reconhecimento de suas falhas humanas. No entanto, à luz das Escrituras, essa declaração precisa ser revista com seriedade. A Bíblia nos mostra com clareza que todo aquele que verdadeiramente creu em Jesus Cristo como Senhor e Salvador é, sim, um santo diante de Deus.


A Santidade do Crente Começa na Obra de Cristo (Santificação Posicional)


Ao abraçar a fé em Cristo, o crente é santificado imediatamente, ou seja, separado por Deus e para Deus. Isso não se baseia em méritos humanos, mas exclusivamente na obra redentora de Jesus. O apóstolo Paulo afirma isso ao escrever aos coríntios:

 "À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos..." (1 Co 1:2)

Não eram perfeitos, mas eram santos, porque haviam sido lavados, justificados e santificados em Cristo (1 Coríntios 6:11). Essa santidade posicional é resultado direto do sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado (1 Jo 1:7).


A Santificação é um Processo Contínuo (Santificação Progressiva).


Depois de termos sido santificados em Cristo, somos chamados a viver diariamente em santidade, negando o pecado e buscando a vontade de Deus. Isso é obra do Espírito Santo em nós:

 "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor." (Hb 12:14)

Essa santificação progressiva exige rendimento à Palavra, obediência e vida no Espírito (Rm 12:1-2; Gl 5:16). O crente é alguém que, embora ainda enfrente lutas contra o pecado, vive num processo constante de transformação.


 A Santificação Também É Futura (Santificação Final ou Glorificação).


Um dia, no retorno glorioso de Cristo, o crente será plenamente santificado em corpo, alma e espírito, livre de toda mancha do pecado. Isso é a esperança gloriosa da igreja:

"Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta... os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." (1 Coríntios 15:52)

Na glorificação, nossa santidade será completa e eterna, e jamais haverá qualquer vestígio de pecado.


Negar a Sua Santidade é Minimizar a Obra de Cristo

Quando um cristão diz: “Eu não sou santo”, ele pode estar fazendo isso por ignorância, sem entender que foi regenerado, separado e consagrado para Deus. Mas essa afirmação, embora pareça humilde, fere a doutrina da salvação e, indiretamente, nega o poder do sangue de Cristo.

"E fostes justificados, e fostes santificados, e fostes lavados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus." (1 Co 6:11)

Se Deus nos chama de santos, quem somos nós para dizer o contrário? Paulo escreve às igrejas chamando os irmãos de santos, eleitos, separados para Deus (Ef 1:1; Fp 1:1; Cl 1:2).


Você É Santo — Viva Como Tal


Se você verdadeiramente creu em Jesus Cristo, foi alcançado pela graça, lavado pelo sangue do Cordeiro e selado pelo Espírito Santo, você é um santo de Deus.

Isso não significa perfeição plena agora, mas uma posição espiritual real diante de Deus e um chamado para viver conforme essa nova identidade. Somos santos que estão sendo santificados até o dia da glorificação.

 "Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver." (1 Pe 1:15)

Não se trata de orgulho dizer "sou santo", mas de reconhecer a obra que Cristo fez por nós. Que possamos viver conscientes dessa verdade, e como santos de Deus, buscar uma vida de pureza, temor e compromisso com o Senhor, aguardando o dia em que seremos plenamente glorificados com Ele.



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📖 Versículos-chave deste artigo:


1 Coríntios 1:2; 1 Coríntios 6:11


1 João 1:7


Hebreus 12:14


Romanos 12:1-2


Gálatas 5:16


1 Coríntios 15:52


Efésios 1:1; Colossenses 1:2


1 Pedro 1:15




O que nossas escolhas musicais e audiovisuais dizem sobre nosso testemunho cristão?

 


  Hoje, mais do que nunca, a vida cristã é desafiada por influências externas que, muitas vezes, passam despercebidas por estarem disfarçadas de entretenimento. Filmes, músicas, vídeos curtos e trends nas redes sociais estão por toda parte — e com isso, muitos cristãos, inclusive veteranos na fé, acabam incorporando elementos seculares à sua rotina sem o devido discernimento.

Mas será que isso é realmente inofensivo? O que a Bíblia nos ensina sobre esse tipo de prática? Como devemos nos portar diante da enxurrada de conteúdos disponíveis na internet?


O Avanço das Redes Sociais e o Uso Irrefletido de Conteúdo Secular

  Com o crescimento das redes sociais, é comum vermos cristãos postando fotos e vídeos do cotidiano: momentos em família, lazer, viagens e comemorações. Até aí, nada errado. O problema surge quando, por comodidade ou descuido, escolhem músicas sugeridas pela própria plataforma — músicas seculares, muitas vezes com letras que não glorificam a Deus e que até contradizem os princípios da fé cristã.

Infelizmente, muitos não se dão ao trabalho de ouvir a letra, analisar a mensagem, ou refletir sobre o impacto espiritual daquele conteúdo. O critério torna-se simplesmente: "A melodia é bonita." Mas será isso o suficiente?


 Tudo Deve Glorificar a Deus — Inclusive o que Postamos.


  A Bíblia é clara ao dizer que todas as nossas ações devem glorificar a Deus. O apóstolo Paulo escreveu: “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.” (1 Cc 10:31)

Se até coisas tão comuns como comer e beber devem ser feitas para a glória de Deus, quanto mais aquilo que postamos e compartilhamos com centenas — ou milhares — de pessoas? Cada publicação é, de alguma forma, um testemunho.


Nem Tudo que é Lícito Edifica


  É importante lembrar que, como Paulo também afirmou:  “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas edificam.” (1 Co 10:23)

Não é apenas sobre “poder ou não poder”, mas sobre aquilo que convém a alguém que se identifica com Cristo. A música que você escolhe, o filme que você assiste, a mensagem que compartilha: tudo isso tem o poder de edificar — ou de escandalizar.


 O que Deve Ocupar Nossa Mente


  Filipenses 4:8 é outro texto essencial para essa reflexão:  “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”

Essas qualidades devem ser o filtro para nosso consumo e produção de conteúdo. Se a música, filme ou publicação não passa por esse filtro bíblico, por que dar lugar a isso na nossa vida e, pior ainda, compartilhar publicamente?


 O Cristo que Está no Centro da Nossa Fé Deve Estar no Centro da Nossa Vida

De Gênesis a Apocalipse, Cristo é o centro das Escrituras. O mesmo deve ser verdade em nossa vida. Não há “vida secular” e “vida espiritual” para o cristão verdadeiro — tudo é para Cristo, tudo é por Ele e para Ele.

Ao usar uma música ou conteúdo que não glorifica a Deus, mesmo que sem intenção, estamos dizendo indiretamente que Cristo não está no centro daquela área da nossa vida — seja o lazer, a família, as amizades ou as redes sociais.

Além disso, podemos causar escândalo e confusão para outros irmãos na fé. Muitos observam nossos perfis, nos tomam como referência, e podem ser levados a agir da mesma forma, pensando que é algo aceitável.


A Alternativa: Testemunhar com Sabedoria


Se você vai postar um vídeo, uma foto ou um momento em família, por que não escolher uma música cristã, um louvor que exalte a Deus, um hino que fale da sua fé? Há tantos conteúdos belíssimos, edificantes, cristocêntricos, que podem transmitir vida e esperança aos que visualizam.

Dessa forma, você não apenas compartilha momentos, mas testemunha. Mostra que Cristo está com você na alegria, na rotina, no descanso e em todo o tempo.

Santidade Também se Reflete no que Compartilhamos

 “Sede santos, porque eu sou santo.” (1 Pedro 1:16)

Santidade não é apenas o que fazemos no templo ou no domingo. É separação para Deus — em tudo. Se Cristo está em mim, Ele também deve ser visto na minha vestimenta, na minha linguagem, nos meus gostos e nas minhas redes sociais.

Vigiemos, irmãos. Não sejamos levados pelo modismo ou pelo costume da maioria. A Palavra nos chama à sobriedade e à vigilância. Que nossas escolhas reflitam o Deus que habita em nós. Que nossas redes sociais sejam também ferramentas de evangelização, não de contradição.

 “E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:17)




Brincos e Colares: É Permitido? Entendendo o Uso de Joias à Luz da Bíblia




Na igreja primitiva, o uso de joias e maquiagem pelas mulheres sempre foi um tema delicado, frequentemente tratado com cautela e baseando-se em ensinamentos apostólicos que enfatizaram a modéstia e a simplicidade. Tanto as Escrituras quanto os escritos dos Pais da Igreja sugeriram que a vaidade e o apego à aparência exterior poderiam desviar os cristãos de uma vida piedosa e centrada em Deus. Assim, o ornamento exterior era visto como algo a ser evitado, especialmente quando relacionado ao orgulho ou à ostentação.

O apóstolo Paulo, em 1 Timóteo 2:9-10, instruiu as mulheres a se vestirem “com modéstia, sobriedade, não com tranças, ouro, pérolas ou vestes dispendiosas, mas com boas obras.” Da mesma forma, em 1 Pedro 3:3-4, o apóstolo Pedro encorajava que a beleza das mulheres não viesse de adornos externos, mas do "interior do coração, com o incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é precioso diante de Deus." Esses ensinamentos moldaram a mentalidade dos primeiros cristãos, que priorizavam a beleza espiritual sobre o ornamento físico.

Os Pais da Igreja, influentes teólogos e líderes cristãos dos primeiros séculos, expandiram esse entendimento. Eles viram o uso de joias, maquiagem e vestes extravagantes como práticas associadas à vaidade, à imitação de costumes pagãos e à busca por elogios humanos. Para esses teólogos, a modéstia não era apenas uma questão de aparência, mas um reflexo do coração e da verdadeira devoção a Deus.

Tertuliano

Tertuliano, um dos primeiros teólogos cristãos, foi veemente em suas críticas ao uso de adornos externos. Ele escreveu, em seu tratado De Cultu Feminarum, que Deus não se agradava de ornamentos externos, como ouro e pérolas, mas da beleza de caráter e santidade. Para ele, as mulheres deviam buscar a simplicidade, afastando-se de tudo que pudesse incentivar a vaidade.

“Deus não procurou ornamentos externos para a mulher; Ele não deu ouro, pérolas ou tecidos caros, mas beleza de caráter.” (De Cultu Feminarum, Livro 1).

Clemente de Alexandria

Outro renomado teólogo, Clemente de Alexandria, também criticava o uso excessivo de joias e maquiagem, afirmando que essas práticas desviavam as mulheres de seu verdadeiro chamado à piedade e à modéstia. Em seu livro Paedagogus, Clemente incentivava as mulheres a focarem na beleza interior, que era a verdadeira marca de uma vida cristã.

“O verdadeiro ornamento de uma mulher não consiste em ouro ou prata, mas em seu caráter.” (Paedagogus, Livro 3, Capítulo 11).

João Crisóstomo

João Crisóstomo, famoso por suas pregações eloquentes, pregava que a modéstia era um reflexo da humildade e da pureza espiritual. Ele via o uso de adornos como uma forma de vaidade que não era condizente com a vida cristã, exortando as mulheres a se preocuparem mais com a virtude do que com a aparência exterior.

"O que é mais bonito que a pureza? A modéstia não tem comparação com qualquer outro ornamento." (Homilia sobre 1 Timóteo 2:9).

Cipriano de Cartago e Jerônimo

Cipriano de Cartago e Jerônimo, dois grandes líderes da igreja, compartilhavam dessa visão. Cipriano afirmava que as mulheres não deviam se enfeitar com pedras preciosas, mas com a modéstia e a santidade. Jerônimo, por sua vez, enfatizava que a verdadeira beleza de uma mulher cristã vinha da pureza da alma e da devoção a Deus, e não dos cosméticos ou dos ornamentos.

“Não deves enfeitar-te com pedras preciosas, mas com a modéstia; não te adornes com ouro, mas com Cristo.” (De Habitu Virginum, Capítulo 5).

Agostinho de Hipona

Agostinho, uma das figuras mais influentes da teologia cristã, também condenava o uso de adornos exteriores que incentivavam a vaidade. Para ele, a verdadeira beleza estava em uma vida dedicada a Deus e na pureza interior, não nos enfeites físicos que buscavam a aprovação humana.

Que as mulheres cristãs evitem o luxo do ornamento externo, porque ele ofusca a verdadeira beleza que Deus deseja — a beleza de uma alma pura e devota.” (Sobre a Doutrina Cristã, Livro 4, Capítulo 20).

O Legado da Igreja Primitiva.

Esses ensinamentos dos Pais da Igreja moldaram a perspectiva da igreja cristã ao longo dos séculos. Embora não houvesse uma proibição total ao uso de joias ou maquiagem, a ênfase estava sempre em evitar o excesso, a ostentação e a vaidade. As mulheres eram chamadas a se destacar pela simplicidade, pela modéstia e pelo caráter, em vez de buscar reconhecimento através de adornos físicos.

A modéstia, portanto, era vista como uma virtude que refletia o coração devoto a Deus, e o uso de joias e maquiagem era amplamente desencorajado quando associado ao orgulho e ao desejo de agradar ao mundo. Para os primeiros cristãos, a verdadeira beleza e o valor de uma mulher estavam no espírito manso e tranquilo, e não nos adornos exteriores.

Essa ênfase na modéstia e na simplicidade permanece, até hoje, uma parte fundamental dos ensinamentos da fé cristã, lembrando que a verdadeira beleza e dignidade vêm de uma vida dedicada a Cristo e ao serviço de Deus.

O uso de Jóias no Antigo Testamento 

No Antigo Testamento o uso de joias tem tanto conotações positivas quanto negativas, dependendo do contexto e do propósito para o qual eram usadas.

Lado Positivo

As joias no Antigo Testamento eram frequentemente usadas como símbolos de bênção, riqueza, e favor de Deus. Elas faziam parte da cultura e dos costumes da época e podiam representar status, celebração e aliança com Deus. Por exemplo:

Rebeca e o presente de Eliezer.

Quando Eliezer, servo de Abraão, foi enviado em busca de uma esposa para Isaque, ele pediu a Deus um sinal claro para saber quem seria a escolhida. Rebeca, com sua atitude generosa ao oferecer água para ele e seus camelos, foi a resposta à oração de Eliezer. Como sinal de aliança e bênção, ele a presenteou com joias: um pendente de ouro e braceletes (Gn 24:22-30). Esses presentes, segundo os costumes da época, simbolizava um compromisso e uma bênção, marcando o início da relação matrimonial.

Esse gesto, no contexto histórico, refletia o modo como as alianças eram feitas naquele tempo. Presentear a noiva com joias era uma prática comum, servindo como um símbolo visível do acordo entre as famílias e da bênção de Deus sobre o casamento. Contudo, é importante lembrar que muitas práticas do Antigo Testamento estavam ligadas aos costumes culturais daquela época, e Deus, em sua paciência, tolerou certos hábitos, ainda que não refletissem plenamente o Seu desejo final para a humanidade.

Hoje, como cristãos, não somos chamados a seguir os costumes antigos, mas a viver segundo a vontade de Deus revelada em Cristo. Em Atos 17:30, o apóstolo Paulo explica que "Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ordena a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam". Deus suportou muitos comportamentos no passado, mas, com a revelação completa em Jesus, somos chamados a andar em obediência, vivendo pela fé e amor, e não segundo os costumes ou tradições deste mundo.

O simbolismo do presente de Eliezer, em nossa caminhada cristã, não deve ser interpretado literalmente, mas espiritualmente. O que permanece válido é a orientação de Deus em nossas vidas, a escolha da pessoa certa segundo Seus propósitos, e a aliança estabelecida no casamento, que agora é um reflexo da união de Cristo com Sua igreja, marcada por fidelidade e santidade, não por tradições humanas.

Nos dias de hoje, ao invés de nos apegarmos a costumes antigos, devemos buscar a vontade de Deus em cada detalhe de nossa vida, permitindo que o Espírito Santo nos guie em cada decisão, especialmente em algo tão importante como o casamento e uma vida agradável a Deus.

A noiva enfeitada. 

Em Ezequiel 16:11-13, Deus utilizou a linguagem e os símbolos culturais da época para comunicar de forma clara ao povo de Israel o Seu amor e cuidado. Ao descrever como adornou Israel com joias, vestes finas e ornamentos, Ele estava usando uma analogia familiar àquele povo, que entendia o valor e o significado dos adornos como símbolos de honra, beleza e favor. No entanto, é importante ressaltar que Deus não estava incentivando o uso de tais adereços femininos ou promovendo uma ênfase no exterior.

Naquele contexto, o Senhor estava se referindo ao Seu relacionamento com Israel de maneira que eles pudessem compreender. O foco não estava nos adornos físicos, mas na mensagem de cuidado e provisão divina, em como Ele exaltou Israel e a tornou bela diante das outras nações. Foi uma forma de demonstrar o amor profundo e a aliança especial que Ele havia estabelecido com Seu povo, não um incentivo ao uso de joias ou adornos como prática espiritual.

Hoje, à luz da fé cristã, entendemos que o propósito de Deus é adornar a Sua igreja com bênçãos espirituais, e não com os usos do mundo. O que Ele valoriza não é o exterior, mas o interior do ser humano. Deus deseja que Seu povo seja adornado com os dons do Espírito Santo, como a sabedoria, a fé, o amor e a paz (1 Pedro 3:3-4). Esses são os verdadeiros adornos que refletem o caráter transformado e a beleza espiritual que agradam a Deus.

Assim, ao usar essa linguagem típica dos dias antigos, Deus trouxe uma compreensão mais profunda do Seu cuidado, mas não estava promovendo a importância dos adornos físicos. Ele quer que Seu povo esteja revestido de virtudes espirituais, vivendo em santidade e refletindo Sua glória através de uma vida que obedece à Sua vontade.

Lado Negativo

Contudo, as joias também são associadas a idolatria, vaidade, e afastamento de Deus quando usadas de maneira indevida. Elas podiam se tornar símbolos de orgulho ou conduzir à idolatria, como no caso do bezerro de ouro:

O Bezerro de ouro.

Você pode se perguntar o que o bezerro de ouro tem a ver com o uso de adornos externos. Eu explico. Foi com os adornos de ouro que o povo de Israel fabricou um bezerro de ouro no deserto. Enquanto Moisés estava no monte Sinai recebendo as tábuas da lei, o povo, impaciente pela sua demora, pressionou Arão a fazer um deus para eles. Arão pediu que todos trouxessem seus brincos e joias de ouro, e com isso ele fez um bezerro de fundição para que fosse adorado (Êx 32:2-4).

Esse episódio nos mostra como os adornos externos podem, em alguns casos, simbolizar uma distração ou um desvio da verdadeira adoração a Deus. O ouro, que deveria ser um recurso de valor, foi transformado em um ídolo, algo que afastou o povo de Deus e o levou à idolatria. Deus, ao ver a desobediência e a idolatria do povo, ficou irado e ameaçou destruir a nação. O arrependimento veio quando o povo, ao saber da rejeição divina, abandonou o uso de seus adornos, em sinal de tristeza e humildade diante de Deus (Êx 33:4-6).

Aplicando essa lição aos dias de hoje, podemos entender que o uso de adornos externos, como joias, não é necessariamente um problema em si. Contudo, quando essas coisas se tornam o foco principal, desviando-nos da adoração a Deus ou promovendo vaidade e ostentação, elas podem se tornar um obstáculo espiritual, tal como o ouro se tornou para Israel no deserto. Assim como o povo de Israel precisou remover os adornos como sinal de seu arrependimento e retorno a Deus, devemos também avaliar se estamos colocando coisas externas no lugar de Deus em nossas vidas e, se necessário, afastá-las para que Ele tenha a primazia. (Êxodo 32:2-4). 

Rebeldia e vaidade.

Em Isaías 3:16-21, Deus repreende as filhas de Sião por sua vaidade e ostentação, alertando-as sobre o perigo de concentrar suas vidas apenas na aparência exterior. A busca incessante por beleza e adornos, com o uso de joias e vestes luxuosas, havia tomado o lugar da verdadeira beleza que Deus valoriza — a justiça, a modéstia e o caráter piedoso.

Através dessas palavras, vemos uma crítica clara ao foco desmedido na aparência externa. As filhas de Sião, em seu desejo por chamar a atenção e exibir sua riqueza, estavam negligenciando aquilo que Deus realmente deseja em Seu povo: corações humildes e vidas dedicadas à santidade. A vaidade, neste contexto, não era apenas uma questão estética, mas uma manifestação de orgulho e de um coração distante dos valores divinos.

Deus, então, adverte que suas vaidades seriam despojadas, e, em vez de beleza, haveria vergonha. O Senhor traz uma poderosa lição: o exterior é transitório e sem valor se o interior não for transformado pela justiça e pelo temor a Deus. Em vez de buscar glória passageira, as filhas de Sião deveriam procurar a glória que vem de um coração devoto ao Senhor.

Este texto nos ensina que a verdadeira beleza aos olhos de Deus não está nas joias ou vestimentas caras, mas em um espírito submisso e fiel. Hoje, essa advertência continua relevante, desafiando-nos a refletir sobre onde está nossa confiança e o que estamos buscando para encontrar valor. Que a nossa prioridade esteja em desenvolver um caráter segundo o coração de Deus, em vez de nos preocuparmos com a beleza superficial que o mundo tanto valoriza.

A família de Jacó.

Após o triste episódio na família do patriarca Jacó, Deus lhe instrui a ir para Betel, o lugar onde Ele havia se revelado a Jacó anteriormente. Diante dessa orientação divina, Jacó tomou uma decisão importante e profunda para sua família. Ele disse a todos os que estavam com ele: "Lançai fora os deuses estranhos que há no meio de vós, purificai-vos e mudai as vossas vestes" (Gênesis 35:2).

Não poderiam subir a Betel de qualquer maneira. Jacó sabia que, para se aproximarem de Deus e adorá-lo corretamente, precisavam se purificar de tudo o que pudesse atrapalhar sua comunhão. Isso incluía não apenas os ídolos que haviam sido acumulados, mas também as roupas e adornos que, de certa forma, representavam influências externas e distrações.

Jacó e sua família abandonaram até as arrecadas (brincos e adornos que haviam adquirido), símbolos de uma vida de influências pagãs e mundanas, para estarem limpos diante de Deus. Esse gesto nos ensina que, ao nos aproximarmos de Deus para adorá-lo, é necessário remover tudo aquilo que possa nos afastar ou distrair do verdadeiro culto. É um chamado para a purificação interior e exterior, para que nosso coração esteja plenamente voltado ao Senhor, sem depender de adornos externos ou qualquer outra coisa que nos impeça de viver em plena comunhão com Ele.

Mas afinal, a mulher cristã pode ou não usar jóias ?

A Bíblia não afirma explicitamente que o uso de joias seja pecado. No entanto, ela fornece orientações sobre a modéstia, a humildade e a prioridades de uma vida centrada em Deus, especialmente para as mulheres cristãs. Em passagens como 1 Timóteo 2:9-10 e 1 Pedro 3:3-4, as Escrituras aconselham as mulheres a não focarem excessivamente em adornos externos, como joias e vestimentas luxuosas, mas a darem prioridade a uma vida de boas obras e um coração cheio de virtudes espirituais.

O problema surge quando joias ou maquiagem se tornam motivos de vaidade, ostentação, ou desviam a pessoa do foco principal que deve ser sua relação com Deus. Se o uso desses itens promove orgulho ou se afasta da modéstia e da simplicidade que a fé cristã recomenda, pode ser considerado um obstáculo espiritual. O verdadeiro adorno, conforme a Bíblia, é o caráter interior, moldado pela graça e pela santidade.

Por isso, essa prática no Novo Testamento não é incentivada. Em vez disso, as Escrituras colocam a ênfase no caráter e nas virtudes interiores, ao invés de adereços externos. Sigamos o exemplo da família de Jacó, que, ao subirem para Betel, abandonaram os ídolos e adornos que não glorificavam a Deus, purificando-se para estarem em Sua presença (Gênesis 35:2-4). Da mesma forma, somos chamados a deixar de lado tudo aquilo que nos afasta do Senhor, buscando uma vida de santidade e devoção que agrada a Deus






Qual o significado dos animais limpos e impuros na Bíblia?

 




Deus no passado deu a nação de Israel uma série de restrições e uma delas se referia a alimentação, que ia desde a proibição de comer sangue, como também comer ou tocar animais conciderados impuros (Lv 11.1-

É claro que hoje, essa restrição pode ser visto apenas como algo cultural, mas no passado tinha uma mensagem de caráter espiritual da parte de Deus, a nação de Israel. 

Mas por que Deus proibiu Israel de comer certos tipos de animais, classificando-os limpos e impuros? 

A resposta esta em  Deuteronômio 14.2,3. Vejamos: 

"Porque és povo santo ao Senhor teu Deus, e o Senhor te escolheu para lhe seres o seu próprio povo, acima de todos os povos que há sobre a face da terra. Nenhuma coisa abominável comereis" (Dt 14.2,3).


Como você pode ver, o fato de alguns animais serem classificados como puros e outros impuros, estava ligado diretamente a separação de Israel, como nação santa ao Senhor. Lembrando que antes da lei de Moisés, Deus ordenou a Noé que "tudo quanto se move e vive, assim como a erva verde", ele poderia comer, exceto o sangue (Gn 9.3, 4).

Já no tempo da Lei, Israel só poderia comer os animais conciderados limpos e também deveria abster-se do sangue (Dt 14.4-6).

A lei dietética servia para refletir a santidade de Deus, e também para diferenciar a nação de Israel das demais nações vizinhas. Que estavam separadas de Deus. Essa separação durou até a morte de Jesus na cruz. Dessa forma, Deus pela Lei, exigia que a nação de Israel fosse santa e se separasse dos costumes e ensinos dos povos pagãs, que simbolicamente eram representados pelos animais impuros. 

Todavia, com a chegada da Nova Aliança, essa barreira foi desfeita. Hoje todos podem se achegar a Deus, por meio de Jesus Cristo. (At. 10.10-16,28; Ef 2.13-18, 1Tm 2.5).

Isso também significa, que a lei dietética não é mais obrigatória, uma vez que ela já cumpriu o seu propósito. Hoje, todos os alimentos são aceitáveis e devem ser recebido com ações de graça (Mc 7. 19; 1Tm 4.4,5; Rm 14.14).


POR QUE A LEI DIETÉTICA NÃO SE APLICA AOS NOSSOS DIAS?

• Por que não só a Lei dietética como outras restrições e leis do Antigo Testamento já cumpriram seu propósito em Cristo (Cl 2.16,17).

• Porque vivemos uma nova Aliança, onde todos os alimentos são aceitáveis, e ir contra esse ensino é seguir a doutrinas de demônios e trilhar o caminho da apostasia (1Tm 4.1-5).

• Porque as únicas restrições referente a alimentação, na Nova Aliança, consiste no proibição de comer sangue, carne sufocada e alimentos oferecidos a ídolos (At 15.20).

COMO DEVEMOS AGIR COM OS QUE AINDA GUARDAM ESSA ORDENANÇA

Quem considera puro todas as coisas, não deve julgar os que não tem esse mesmo entendimento. Assim, como aqueles que fazem distinção de alimentos não devem julgar os que entendem que todos os alimentos são bons para a alimentação (Rm 14.13-23; Cl 2.16). 

Apesar de algumas igrejas defenderem a guarda da lei dietética, mesmo não sendo um ensino que esteja de acordo com a pregação do Evangelho, pois em Cristo toda a sombra da Lei foi dessipada (Rm 10.4; Gl 3.24,25; Cl 2.17). Segundo Paulo, devemos suportar os nossos irmãos fracos na fé, e não deixarmos que o alimento se torne um embaraço na comunhão que temos uns com os outros e com Deus (Rm 14).



A Palavra de Deus se renova a cada dia?

 


Com certeza você já ouviu alguém falar isso por aí, não é mesmo? 

Essa frase se tornou muito popular entre os cristãos, e vem sendo repetida muitas e muitas vezes nos púlpitos das igrejas. Principalmente, quando chamam um irmão para dar uma saudação e ele resolve ler um texto bem conhecido da Bíblia Sagrada, e usa essa frase como desculpa por não ter se preparado para aquele momento. Alguns até afirmam com tanta convicção, que até parece que está escrito na Bíblia. Mas não é bem assim. 

Não existe nenhum texto Bíblico, que sirva de base para tal afirmação, e se alguém pensou em Lamentações 3.22, 23, lá não diz que a palavra de Deus se renova a cada dia, mas que "a misericórdia do SENHOR. Ela é inesgotável e se renova a cada manhã."

Talvez alguém tenha interpretado errado esse texto bíblico, mas seja qual for o motivo que levou alguém a cometer esse erro, é inaceitável continuarmos nele agora que sabemos a verdade.

Como presbítero me vejo na responsabilidade de comunicar aos meus irmãos em Cristo, que Deus é imutável (Tg 1.17; Ml 3.6) e não muda porque não pode negar a si mesmo (Nm 23.19; Tt 1.2,3; Hb 6.17,18; 2ª Tm 2.13); e a sua Palavra não se renova ou muda conforme os anos, mas permanece a mesma para sempre (1ª Pe 1.23-25). 

Jesus disse: "O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre" (Mt 24.35). Então, posso afirmar com toda a convicção, que a Palavra de Deus não se renova a cada manhã. Nós é que verdadeiramente, precisamos ser renovados dia após dia, pela Palavra de Deus.

Nós, seres humanos, somos imperfeitos e estamos constantemente em contato com um mundo marcado pelo pecado. É por isso que precisamos ser renovados diariamente (Cl 3.9,10), e essa renovação só é possível devido às infinitas misericórdias de Deus sobre nossas vidas. A cada dia, somos agraciados por Deus com novas oportunidades para vivenciar os propósitos que Ele tem para nós. O Apóstolo Paulo expressou isso de forma semelhante quando escreveu: "Não se conformem com este mundo, mas sejam transformados pela renovação da mente, a fim de experimentarem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).

Que possamos perseverar em buscar incessantemente essa renovação interior, vivendo em harmonia com a vontade divina, e assim encontrar a verdadeira plenitude e satisfação em nossa caminhada espiritual.










É possível saber o dia e a hora em que Jesus voltará?



Nós cristãos cremos na segunda vinda de jesus. Essa certeza não vem de nós mesmos, mas de Jesus que assim nos prometeu.

Certa vez o Senhor Jesus disse aos seus discípulos que iria voltar para o Pai, e os discípulos se entristeceram, mas Jesus lhes disse: "Eu os verei novamente" (Jo 16.22).

Em João 14:1-3 Jesus disse: "NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também". Eu creio nesta palavra!

Mas Jesus também deixou muito claro a todos nós, que o dia e a hora da sua vinda, ninguém sabe, a não ser o Pai. Não compete a nós sabermos o momento exato da Sua vinda, pois esta sabedoria pertence exclusivamente a Deus, e a ninguém mais. Todos que se atreveram a datar o dia da volta de Jesus, foram envergonhados. 

Por exemplo: 

1. No século XIX um pastor batista nos EUA por nome de William Miller, depois de fazer alguns cálculos baseado nos seus estudos do livro de Daniel, afirmou que Jesus viria em 22 de Outubro de 1844. Aproximadamente 100 mil pessoas se reuniram nesse dia esperando o retorno de Cristo. Como nada aconteceu, tentaram corrigir o erro dando uma outra data, mas sem sucesso. Esse dia ficou conhecido como O Grande Desapontamento. No ano seguinte, em 1845, William Miller e seus seguidores, foram expulsos da Igreja Batista onde se congregavam. Dando origem a outros seguimentos religiosos como a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

2. Em 1876, Charles T. Russell , o fundador dos Testemunhas de Jeová, escreveu o primeiro de muitos artigos em que apontava para 1914 como o ano do fim dos tempos dos gentios mencionados por Jesus Cristo. (Lucas 21:24). 

3. Em 2017 um Youtuber chamado Romildo Ferreira, o profeta de Yahu, como ficou conhecido, afirmou que o Arrebatamento da igreja aconteceria no dia 23 de Setembro de 2017, depois disse que o Arrebatamento aconteceria e 8 de Abril de 2020. Como isso não aconteceu, ele então excluio todos os vídeos, onde afirmava isso.

Então, se alguém vier com essa estória de que sabe o dia da vinda de Jesus, não acrediteis porque é mentira. 

Em Mateus 24:36 Jesus disse:  "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai" ( ACF).

Algo que aprendi a muito tempo quando comecei a estudar as Escrituras é que não devemos falar onde a Bíblia se cala, e a cerca disso a Bíblia é enfática em nos dizer que tal conhecimento pertence a Deus, e se ele ocultou de nós meros mortais, devemos aceitar e nos preparar para esse dia. Em breve Jesus voltará. Amém.


A origem da Árvore de Natal


A tradição de enfeitar árvores e tê-las como algo sagrado, é tão antigo quanto o próprio Natal, é uma prática existente em todas as culturas e religiões pagãs do mundo. 

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Diversos povos, inclusive os que aparecem na Bíblia, consideravam por exemplo, o Carvalho como árvore sagrada (Gn 12.6, 35.4; Jr 10.3,4) e por isso, realizavam debaixo dessas árvores muitos sacrifícios humanos em nome de seus deuses; uma abominação ao Senhor (Ez 20.27-32).

Em algumas culturas pagãs, as árvores eram vistas, como "uma expressão da fertilidade da mãe natureza".  

Na Alemanha, por exemplo, com a queda das folhas, no inverno, as pessoas tinham o costume de enfeitar às árvores, alegando que os espíritos haviam se retirado e enfeitando-as eles retornariam para elas.

Na Babilônia, existia uma lenda que um Pinheiro nasceu sobrenaturalmente, de um tronco morto; simbolizando Ninrode morto, mas que reencarnou em seu filho Tamuz, muito cultuado na Mesopotâmia pelos sírios e cananeus, como o deus da fertilidade. 

De acordo com o livro de Ezequiel 8.14, as mulheres israelitas tinham o costume de chorar a sua morte,  num dos portões do Templo, que diziam que ressuscitará no ano seguinte.

Os egípcios, também tinham o costume de trazer no dia mais curto do ano, em Dezembro, algumas folhas de sua árvore sagrada ( Palmeira), para as sua casas como sinal de triunfo da vida sobre a morte. 

Era uma representação simbólica a lenda de Osíris, considerado o deus da fertilidade egípcia.  Já os romanos, na Sartunália (festa pagã romana), enfeitavam os Abetos, nos mesmos dias em que se prepara a Árvore de Natal moderna,  em honra a Saturno, o deus da agricultura.

Segundo a Enciclopédia BARSA, vol 11, pág 274; foi na Germânia, datando do tempo de São Bonifácio, no séc 16,  que a Árvore de Natal se popularizou entre os cristãos católicos; adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin (deus nórdico),  trocando-a pelo Pinheiro, em honra ao deus-menino, Jesus. 

Com o surgimento do protestantismo, os germanos atribuíram a origem da árvore de Natal a Martinho Lutero (1486-1546).

Só no século XIX, foi que a tradição de enfeitar árvores no Natal, chegou a Inglaterra,  França e posteriormente para o resto do mundo.

Assim como o Natal, a árvore natalina teve sua origem no paganismo, que com o advento do cristianismo, ganhou roupagens e significados novos, mas sem deixar sua raízes pagãs.

O QUE DIZ A BÍBLIA SOBRE ISSO

Como vimos no texto acima, o costume de  adorar árvores e tê-la como uma representação de um deus pagão,  remota aos tempos bíblicos, sendo uma abominação ao olhos do Senhor.

Também, vemos que Deus ordenou no passado, que o seu povo não vivessem segundo os costumes e tradições dos pagãos que viviam na terra de Canaã, para que não cometessem estes mesmos pecados (Ex 34.12,14).

O Senhor, também ordenou, que não houvesse nenhuma "árvore" ou algo que lembra-se os ídolos pagãos, junto do altar consagrado a Ele. Mostrando ao seu povo que Ele é um Deus Zeloso e que não possui nenhuma ligação com os deuses pagãos (Dt 16.21).

Então, porque trazermos para a nossa casa essa maldição? Quem você está adorando de fato ao ornamentar um Pinheiro, Jesus ressuscitado ou o deus-menino do católicismo romano?

Que Deus lhe faça ver a verdade, pois a Sua Palavra nos ensina que a Igreja de Cristo, não deve seguir os costumes pagãos, antes andar no temor do Senhor, tendo uma vida completamente dedicada a Ele (Jr 10.2-4,10; 2Co 6.14-18).

O erro que muitos cometem ao estudarem a Bíblia



 "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8.32).


Esse é um dos textos bíblicos mais citados  hoje em dia principalmente no Youtube, mas quando vamos ver o conteúdo, percebemos  na maioria das vezes, que a verdade que eles se referem não é aquela que está na Bíblia, mas sim as suas próprias idéias, ou aquilo que eles defendem como sendo "verdade", e este é o erro que muitos  cometem ao lerem a Bíblia Sagrada.

Geralmente as pessoas estudam a Bíblia, não com o objetivo de aceitarem a verdade que nela está, mas com a pretensão de usarem os textos Bíblicos em defesa de suas mentiras. 

Todavia, não existe verdades a serem reveladas, além daquela que já está na Bíblia; e a verdade é Cristo (Jo 1.17; 14.6). O que vai além disso é invenção de homens, desviados da verdade; e acreditem, está cheio de gente assim por aí.

Estes, distorcem a verdade de Deus ao seu bel prazer. Como fez Satanás com Eva no Jardim, e infelizmente suas mentiras tem encontrado um rico solo nos corações daqueles que preferem a mentira vestida de verdade, que a verdade, que lhes pode salvar e lhes dar vida eterna. 

Mas bem-aventurados são os que amam a  Palavra de Deus. A única regra de fé e conduta dos que temem e amam a Deus. 

Então, não busque na Bíblia textos para defender as tuas verdades, mas defenda a verdade que já está escrito nela 

Jesus em sua oração sacerdotal disse: "Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade" (Jo 17.17).

Deus o abençoe. Amém.

A Bíblia não defende o aborto







"Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons" ( Mt 7:18).

Nunca espere que uma árvore má dê frutos bons, a árvore má só pode dá frutos maus. Foi o que Jesus disse acerca dos falsos profetas (Mt 7:15-20). Então não se surpreenda com pessoas que dizem serem de Deus, mas aprovam obras malignas, contrário ao Evangelho de Jesus Cristo. Suas pregações são baseadas em idéias humanistas e diabólicas, mas usam a Bíblia, por isso, atenção redobrada. 

Com falsas interpretações, procuram enganar principalmente cristãos preguiçosos e rebeldes.  Preguiçosos  por não procurarem conhecer a Palavra de Deus; e rebeldes por rejeitarem os que procuram lhes alertar dos enganos de Satanás. 

Vivem como Cegos espirituais e ignorantes para as coisas de Deus, e por isso são presas fáceis das mentiras dos que se dizem "homens de fé", mas que na verdade são lobos disfarçados de ovelhas. Vigiai, pois eles estão por todo lado, e pelos seus frutos os conhecereis. Pois a árvore má só dá frutos maus. 

Identificando a árvore má. 

É dessa maneira que entendo a atitude do Bispo Edir Macedo. Como um homem que fala no nome de Deus, pode ser favorável ao aborto? Não dá pra conciliar tal atitude, com quem se diz ser de Deus. Confira o que ele mesmo disse sobre este assunto.

"Eu sou a favor do aborto sim, e digo isso em alto e bom som, e se eu estou pecando, eu cometo este pecado consciente, sim!” (Edir Macedo/GospelPrime).

"Sou a favor do direito de escolha da mulher. Em casos como estupro, má-formação do feto ou quando a vida da mãe está comprovadamente ameaçada pela gestação, não há o que discutir. Sou a favor do aborto, sim. A Bíblia também é. Olhe só [Ec 6.3]: ‘Se alguém gerar cem filhos e viver muitos anos, até avançada idade, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é mais feliz do que ele’ [...] O Brasil deveria se unir pelo direito da mulher de optar pelo aborto [...] Certamente grande parte de nossas mazelas sociais diminuiria. Pense comigo: é melhor a mulher não ter filhos ou ter e jogar o bebê na lata do lixo? [...] Vamos ser frios e racionais: é preferível a criança não vir ao mundo ou vê-la nos lixões catando lixo para sobreviver? Eu creio na Bíblia. Nesses casos, eu acredito que o aborto é melhor do que nascer. A mulher precisa ter o direito de escolher” (“O Bispo”, 2007, p. 223).

Sou favorável à descriminalização do aborto por muitas razões… O que é menos doloroso: aborto ou ter crianças vivendo como camundongos nos lixões de nossas cidades, sem infância, sem saúde, sem escola, sem alimentação e sem qualquer perspectiva de um futuro melhor?… Acredito, sim, que o aborto diminuiria em muito a violência no Brasil, haja vista não haver uma política séria voltada para a criançada" -Edir Macedo.

"Eixegese ou Exegese?"

O Bispo Edir Macedo é um grande "eixegeta", pois acrescenta o que o texto não ensina, se apropriando de textos sem seus contextos, para defender suas heresias, diferente da “exegese”, que é a Bíblia explicada pela própria Bíblia". A "eixegese", é uma técnica muito usada pelas seitas e falsos profetas, que violentam o texto bíblico, forçando-o a dizer o que não diz, mas o que eles desejam dizer.

Eclesiastes 6:3 defende o aborto?

Eclesiastes não defende o aborto. Edir Macedo sim, e defende essa idéia, usando erroneamente a Bíblia, para dizer que possui respaldo bíblico, para que seus membros aceitem essa idéia também, como algo não condenado perante os olhos de Deus. Confira agora o que diz o texto de Eclesiastes 6.3.

"Se o homem gerar cem filhos, e viver muitos anos, e os dias dos seus anos forem muitos, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é melhor do que ele". 

Antes de comentar essa passagem é bom lembrarmos que texto sem contexto é pretexto para heresias. Então para compreendermos, precisamos ler pelo menos todo o capítulo 6 de Eclesiastes. O que já é um bom começo para entendermos um pouco o pensamento do autor.

Explicando Eclesiastes 6.3 

Nesse texto Salomão não defende o aborto, mas faz uma constatação, dizendo que é ilusão, o homem  obter grandes riquezas, e não gozar de sua vida, nem de seus bens por causa de sua ganância e avareza. Pois a morte vem para todos, ricos e pobres. Enquanto uns são privados de viver (como as crianças abortadas), ainda assim, parecem serem mais bem-aventuradas, porque não precisam passar pelas labutas da vida, como os que nascem, se afadigam debaixo do sol, a fim de satisfazerem sua ganância, mesmo sabendo que quando morrer, nada poderá levar, ou seja, vivem em vão.

Ao escrever isso, Salomão nos revela que o homem jamais poderá satisfazer a sua alma, nem salva-la com bens terrestres. Esse é o assunto do seu livro. Seu pensamento consiste na afirmação que tudo nesta vida é ilusão, é passageiro; o importante é temer e obedecer a Deus, para gozarmos de recompensas eternas (Ec 12:13,14). Como também nos ensinou Jesus dizendo: " Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras" (Mt 16:26,27). 

"A falsa preocupação social"

Edir Macedo também usa a triste realidade das muitas crianças que vivem em situações precárias, para justificar que a legalização do aborto é a melhor solução para estes e outros problemas sociais, quando não é. Temor a Deus, responsabilidade social, e planejamento familiar, sim. Todavia, Edir Macedo prefere  sacrificar inocentes em vez de conscientizar seus fiéis, que a vida de uma criança vale mais que o orgulho e o erro humano. 

Aborto não é solução para os problemas sociais, nunca foi e nunca será. Em vez de apoiar tal prática, a Igreja precisa mostrar serviço social e evangelismo, a fim de que a sociedade veja, pela Graça de Deus que temer a Deus, é a solução para todos os males da humanidade. Afinal, Cristo em nenhum momento nos ensina a sermos coveiros, mas salva-vidas dos que estão prestes a morrer (Lc 10:30-37).

Aborto é crime, é pecado.  A Bíblia diz: "Não matarás", (Êx 20:13) e nos adverte dizendo que nenhum assassino tem parte no Reino dos céus (Ap 22:1). Portanto insisto dizendo, quem defende o aborto, ajuntar para si a ira de Deus. Diga não ao aborto. 

A verdadeira fé em Deus não se baseia em uso de objetos


Muitos cristãos em nossos dias possuem uma fé presa ao materialismo e ao misticismo religioso. É claro que essa prática é antiga, tendo apenas uma roupagem mais atraente e moderna. Quem não conhece aquela velha superstição de deixar a Bíblia aberta no salmo 91, do sinal da cruz, e de usar alho para espantar mal olhado?  Mas se você acha que isso acontece só entre os católicos, engano seu; pois é o que mais se prega nos púlpitos de muitas igrejas evangélicos hoje. Principalmente nos púlpitos das chamadas, igrejas neopentecostais.

O uso destes objetos, tidos como "ungidos", tornaram-se tão popular que tem  muita gente ingênua, levando isso a sério como se fosse uma doutrina cristã; e não percebem que essas práticas são coisas de pagãos que não conhecem a Jesus Cristo. Pois cristãos de verdade não precisam de bugigangas para crer no poder de Deus, nem para  ter sorte, bons fluidos e proteção. Nossa confiança está em Deus, que é Espírito e não no que vemos ou apaupamos.  Se a tua fé está nessas coisas, tenha plena certeza que não é em Deus que você confia. Porque, com ou sem o cajado de Moisés, o lenço de Paulo ou a sombra de Pedro, Deus faz milagres. Basta cremos e confiarmos no seu poder. A Bíblia nos diz: "Alguns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do Senhor nosso Deus" (Sl. 20:7 NVI). Por isso, confie somente no Senhor, pois dEle vem a nossa vitória.

A VERDADE POR ATRÁS DOS PANOS.

Mas dá pra entender, o porque que esse movimento é tão aceito  nessas igrejas; a resposta é que dá dinheiro. Pois tudo é vendido, e por um bom preço, trazendo satisfação para os pregadores da enganosa teologia da prosperidade, que enriquecem a custa do suor dos outros, digo, dos fiéis da sua igreja. E a criatividade para arrancar o dinheiro do povo é tão grande, que vale tudo ; desde réplicas de símbolos do judaísmo, como o shofar, a Arca da Aliança, a estrela de David; como também, objetos já conhecidos na feitiçaria e crendices popular, como sal grosso, galho de Arruda, água, rosas, etc. Além de vassouras, canetas, sabonetes, chaveiros, tijolo, travesseiro, peças de roupas e a lista é extensa. Só espero que você não seja mais uma vítima da pilantragem destes que prometem o céu aqui na terra, e vivendo em regalias com a sua família, enquanto muitos dos seus seguidores vivem o oposto disso. Se você é uma pessoa que se encontra nesse grupo, é tempo de fugir do covil desses lobos, de rejeitar as mentiras que eles pregam para roubar o seu dinheiro e a sua salvação, com bugigangas e crendices.  Jesus não morreu em uma cruz para você crer numa rosa ou numa vassoura, nem para ser rico de bens materiais, mas para nos abençoar com toda sorte de bênçãos nas regiões celestiais (Ef 1.3). Como disse Paulo: "Ele se tornou pobre, para que fôssemos ricos da sua Graça"

Portanto, arrependa-se e aceite o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo em sua vida, e não esse outro evangelho barato que não se preocupa com a sua salvação, mas em pregar métodos para você ter um carro novo na garagem e uma conta gorda no banco, sendo que na realidade eles é que saem na vantagem com tudo isso. Que Deus vos guarde no seu grande amor, dessas coisas. Amém