Uso da Barba à Luz das Escrituras.
Brincos e Colares: É Permitido? Entendendo o Uso de Joias à Luz da Bíblia
Na igreja primitiva, o uso de joias e maquiagem pelas mulheres sempre foi um tema delicado, frequentemente tratado com cautela e baseando-se em ensinamentos apostólicos que enfatizaram a modéstia e a simplicidade. Tanto as Escrituras quanto os escritos dos Pais da Igreja sugeriram que a vaidade e o apego à aparência exterior poderiam desviar os cristãos de uma vida piedosa e centrada em Deus. Assim, o ornamento exterior era visto como algo a ser evitado, especialmente quando relacionado ao orgulho ou à ostentação.
O apóstolo Paulo, em 1 Timóteo 2:9-10, instruiu as mulheres a se vestirem “com modéstia, sobriedade, não com tranças, ouro, pérolas ou vestes dispendiosas, mas com boas obras.” Da mesma forma, em 1 Pedro 3:3-4, o apóstolo Pedro encorajava que a beleza das mulheres não viesse de adornos externos, mas do "interior do coração, com o incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é precioso diante de Deus." Esses ensinamentos moldaram a mentalidade dos primeiros cristãos, que priorizavam a beleza espiritual sobre o ornamento físico.
Os Pais da Igreja, influentes teólogos e líderes cristãos dos primeiros séculos, expandiram esse entendimento. Eles viram o uso de joias, maquiagem e vestes extravagantes como práticas associadas à vaidade, à imitação de costumes pagãos e à busca por elogios humanos. Para esses teólogos, a modéstia não era apenas uma questão de aparência, mas um reflexo do coração e da verdadeira devoção a Deus.
Tertuliano
Tertuliano, um dos primeiros teólogos cristãos, foi veemente em suas críticas ao uso de adornos externos. Ele escreveu, em seu tratado De Cultu Feminarum, que Deus não se agradava de ornamentos externos, como ouro e pérolas, mas da beleza de caráter e santidade. Para ele, as mulheres deviam buscar a simplicidade, afastando-se de tudo que pudesse incentivar a vaidade.
“Deus não procurou ornamentos externos para a mulher; Ele não deu ouro, pérolas ou tecidos caros, mas beleza de caráter.” (De Cultu Feminarum, Livro 1).
Clemente de Alexandria
Outro renomado teólogo, Clemente de Alexandria, também criticava o uso excessivo de joias e maquiagem, afirmando que essas práticas desviavam as mulheres de seu verdadeiro chamado à piedade e à modéstia. Em seu livro Paedagogus, Clemente incentivava as mulheres a focarem na beleza interior, que era a verdadeira marca de uma vida cristã.
“O verdadeiro ornamento de uma mulher não consiste em ouro ou prata, mas em seu caráter.” (Paedagogus, Livro 3, Capítulo 11).
João Crisóstomo
João Crisóstomo, famoso por suas pregações eloquentes, pregava que a modéstia era um reflexo da humildade e da pureza espiritual. Ele via o uso de adornos como uma forma de vaidade que não era condizente com a vida cristã, exortando as mulheres a se preocuparem mais com a virtude do que com a aparência exterior.
"O que é mais bonito que a pureza? A modéstia não tem comparação com qualquer outro ornamento." (Homilia sobre 1 Timóteo 2:9).
Cipriano de Cartago e Jerônimo
Cipriano de Cartago e Jerônimo, dois grandes líderes da igreja, compartilhavam dessa visão. Cipriano afirmava que as mulheres não deviam se enfeitar com pedras preciosas, mas com a modéstia e a santidade. Jerônimo, por sua vez, enfatizava que a verdadeira beleza de uma mulher cristã vinha da pureza da alma e da devoção a Deus, e não dos cosméticos ou dos ornamentos.
“Não deves enfeitar-te com pedras preciosas, mas com a modéstia; não te adornes com ouro, mas com Cristo.” (De Habitu Virginum, Capítulo 5).
Agostinho de Hipona
Agostinho, uma das figuras mais influentes da teologia cristã, também condenava o uso de adornos exteriores que incentivavam a vaidade. Para ele, a verdadeira beleza estava em uma vida dedicada a Deus e na pureza interior, não nos enfeites físicos que buscavam a aprovação humana.
Que as mulheres cristãs evitem o luxo do ornamento externo, porque ele ofusca a verdadeira beleza que Deus deseja — a beleza de uma alma pura e devota.” (Sobre a Doutrina Cristã, Livro 4, Capítulo 20).
O Legado da Igreja Primitiva.
Esses ensinamentos dos Pais da Igreja moldaram a perspectiva da igreja cristã ao longo dos séculos. Embora não houvesse uma proibição total ao uso de joias ou maquiagem, a ênfase estava sempre em evitar o excesso, a ostentação e a vaidade. As mulheres eram chamadas a se destacar pela simplicidade, pela modéstia e pelo caráter, em vez de buscar reconhecimento através de adornos físicos.
A modéstia, portanto, era vista como uma virtude que refletia o coração devoto a Deus, e o uso de joias e maquiagem era amplamente desencorajado quando associado ao orgulho e ao desejo de agradar ao mundo. Para os primeiros cristãos, a verdadeira beleza e o valor de uma mulher estavam no espírito manso e tranquilo, e não nos adornos exteriores.
Essa ênfase na modéstia e na simplicidade permanece, até hoje, uma parte fundamental dos ensinamentos da fé cristã, lembrando que a verdadeira beleza e dignidade vêm de uma vida dedicada a Cristo e ao serviço de Deus.
O uso de Jóias no Antigo Testamento
No Antigo Testamento o uso de joias tem tanto conotações positivas quanto negativas, dependendo do contexto e do propósito para o qual eram usadas.
Lado Positivo
As joias no Antigo Testamento eram frequentemente usadas como símbolos de bênção, riqueza, e favor de Deus. Elas faziam parte da cultura e dos costumes da época e podiam representar status, celebração e aliança com Deus. Por exemplo:
Rebeca e o presente de Eliezer.
Quando Eliezer, servo de Abraão, foi enviado em busca de uma esposa para Isaque, ele pediu a Deus um sinal claro para saber quem seria a escolhida. Rebeca, com sua atitude generosa ao oferecer água para ele e seus camelos, foi a resposta à oração de Eliezer. Como sinal de aliança e bênção, ele a presenteou com joias: um pendente de ouro e braceletes (Gn 24:22-30). Esses presentes, segundo os costumes da época, simbolizava um compromisso e uma bênção, marcando o início da relação matrimonial.
Esse gesto, no contexto histórico, refletia o modo como as alianças eram feitas naquele tempo. Presentear a noiva com joias era uma prática comum, servindo como um símbolo visível do acordo entre as famílias e da bênção de Deus sobre o casamento. Contudo, é importante lembrar que muitas práticas do Antigo Testamento estavam ligadas aos costumes culturais daquela época, e Deus, em sua paciência, tolerou certos hábitos, ainda que não refletissem plenamente o Seu desejo final para a humanidade.
Hoje, como cristãos, não somos chamados a seguir os costumes antigos, mas a viver segundo a vontade de Deus revelada em Cristo. Em Atos 17:30, o apóstolo Paulo explica que "Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ordena a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam". Deus suportou muitos comportamentos no passado, mas, com a revelação completa em Jesus, somos chamados a andar em obediência, vivendo pela fé e amor, e não segundo os costumes ou tradições deste mundo.
O simbolismo do presente de Eliezer, em nossa caminhada cristã, não deve ser interpretado literalmente, mas espiritualmente. O que permanece válido é a orientação de Deus em nossas vidas, a escolha da pessoa certa segundo Seus propósitos, e a aliança estabelecida no casamento, que agora é um reflexo da união de Cristo com Sua igreja, marcada por fidelidade e santidade, não por tradições humanas.
Nos dias de hoje, ao invés de nos apegarmos a costumes antigos, devemos buscar a vontade de Deus em cada detalhe de nossa vida, permitindo que o Espírito Santo nos guie em cada decisão, especialmente em algo tão importante como o casamento e uma vida agradável a Deus.
A noiva enfeitada.
Em Ezequiel 16:11-13, Deus utilizou a linguagem e os símbolos culturais da época para comunicar de forma clara ao povo de Israel o Seu amor e cuidado. Ao descrever como adornou Israel com joias, vestes finas e ornamentos, Ele estava usando uma analogia familiar àquele povo, que entendia o valor e o significado dos adornos como símbolos de honra, beleza e favor. No entanto, é importante ressaltar que Deus não estava incentivando o uso de tais adereços femininos ou promovendo uma ênfase no exterior.
Naquele contexto, o Senhor estava se referindo ao Seu relacionamento com Israel de maneira que eles pudessem compreender. O foco não estava nos adornos físicos, mas na mensagem de cuidado e provisão divina, em como Ele exaltou Israel e a tornou bela diante das outras nações. Foi uma forma de demonstrar o amor profundo e a aliança especial que Ele havia estabelecido com Seu povo, não um incentivo ao uso de joias ou adornos como prática espiritual.
Hoje, à luz da fé cristã, entendemos que o propósito de Deus é adornar a Sua igreja com bênçãos espirituais, e não com os usos do mundo. O que Ele valoriza não é o exterior, mas o interior do ser humano. Deus deseja que Seu povo seja adornado com os dons do Espírito Santo, como a sabedoria, a fé, o amor e a paz (1 Pedro 3:3-4). Esses são os verdadeiros adornos que refletem o caráter transformado e a beleza espiritual que agradam a Deus.
Assim, ao usar essa linguagem típica dos dias antigos, Deus trouxe uma compreensão mais profunda do Seu cuidado, mas não estava promovendo a importância dos adornos físicos. Ele quer que Seu povo esteja revestido de virtudes espirituais, vivendo em santidade e refletindo Sua glória através de uma vida que obedece à Sua vontade.
Lado Negativo
Contudo, as joias também são associadas a idolatria, vaidade, e afastamento de Deus quando usadas de maneira indevida. Elas podiam se tornar símbolos de orgulho ou conduzir à idolatria, como no caso do bezerro de ouro:
O Bezerro de ouro.
Você pode se perguntar o que o bezerro de ouro tem a ver com o uso de adornos externos. Eu explico. Foi com os adornos de ouro que o povo de Israel fabricou um bezerro de ouro no deserto. Enquanto Moisés estava no monte Sinai recebendo as tábuas da lei, o povo, impaciente pela sua demora, pressionou Arão a fazer um deus para eles. Arão pediu que todos trouxessem seus brincos e joias de ouro, e com isso ele fez um bezerro de fundição para que fosse adorado (Êx 32:2-4).
Esse episódio nos mostra como os adornos externos podem, em alguns casos, simbolizar uma distração ou um desvio da verdadeira adoração a Deus. O ouro, que deveria ser um recurso de valor, foi transformado em um ídolo, algo que afastou o povo de Deus e o levou à idolatria. Deus, ao ver a desobediência e a idolatria do povo, ficou irado e ameaçou destruir a nação. O arrependimento veio quando o povo, ao saber da rejeição divina, abandonou o uso de seus adornos, em sinal de tristeza e humildade diante de Deus (Êx 33:4-6).
Aplicando essa lição aos dias de hoje, podemos entender que o uso de adornos externos, como joias, não é necessariamente um problema em si. Contudo, quando essas coisas se tornam o foco principal, desviando-nos da adoração a Deus ou promovendo vaidade e ostentação, elas podem se tornar um obstáculo espiritual, tal como o ouro se tornou para Israel no deserto. Assim como o povo de Israel precisou remover os adornos como sinal de seu arrependimento e retorno a Deus, devemos também avaliar se estamos colocando coisas externas no lugar de Deus em nossas vidas e, se necessário, afastá-las para que Ele tenha a primazia. (Êxodo 32:2-4).
Rebeldia e vaidade.
Em Isaías 3:16-21, Deus repreende as filhas de Sião por sua vaidade e ostentação, alertando-as sobre o perigo de concentrar suas vidas apenas na aparência exterior. A busca incessante por beleza e adornos, com o uso de joias e vestes luxuosas, havia tomado o lugar da verdadeira beleza que Deus valoriza — a justiça, a modéstia e o caráter piedoso.
Através dessas palavras, vemos uma crítica clara ao foco desmedido na aparência externa. As filhas de Sião, em seu desejo por chamar a atenção e exibir sua riqueza, estavam negligenciando aquilo que Deus realmente deseja em Seu povo: corações humildes e vidas dedicadas à santidade. A vaidade, neste contexto, não era apenas uma questão estética, mas uma manifestação de orgulho e de um coração distante dos valores divinos.
Deus, então, adverte que suas vaidades seriam despojadas, e, em vez de beleza, haveria vergonha. O Senhor traz uma poderosa lição: o exterior é transitório e sem valor se o interior não for transformado pela justiça e pelo temor a Deus. Em vez de buscar glória passageira, as filhas de Sião deveriam procurar a glória que vem de um coração devoto ao Senhor.
Este texto nos ensina que a verdadeira beleza aos olhos de Deus não está nas joias ou vestimentas caras, mas em um espírito submisso e fiel. Hoje, essa advertência continua relevante, desafiando-nos a refletir sobre onde está nossa confiança e o que estamos buscando para encontrar valor. Que a nossa prioridade esteja em desenvolver um caráter segundo o coração de Deus, em vez de nos preocuparmos com a beleza superficial que o mundo tanto valoriza.
A família de Jacó.
Após o triste episódio na família do patriarca Jacó, Deus lhe instrui a ir para Betel, o lugar onde Ele havia se revelado a Jacó anteriormente. Diante dessa orientação divina, Jacó tomou uma decisão importante e profunda para sua família. Ele disse a todos os que estavam com ele: "Lançai fora os deuses estranhos que há no meio de vós, purificai-vos e mudai as vossas vestes" (Gênesis 35:2).
Não poderiam subir a Betel de qualquer maneira. Jacó sabia que, para se aproximarem de Deus e adorá-lo corretamente, precisavam se purificar de tudo o que pudesse atrapalhar sua comunhão. Isso incluía não apenas os ídolos que haviam sido acumulados, mas também as roupas e adornos que, de certa forma, representavam influências externas e distrações.
Jacó e sua família abandonaram até as arrecadas (brincos e adornos que haviam adquirido), símbolos de uma vida de influências pagãs e mundanas, para estarem limpos diante de Deus. Esse gesto nos ensina que, ao nos aproximarmos de Deus para adorá-lo, é necessário remover tudo aquilo que possa nos afastar ou distrair do verdadeiro culto. É um chamado para a purificação interior e exterior, para que nosso coração esteja plenamente voltado ao Senhor, sem depender de adornos externos ou qualquer outra coisa que nos impeça de viver em plena comunhão com Ele.
Mas afinal, a mulher cristã pode ou não usar jóias ?
A Bíblia não afirma explicitamente que o uso de joias seja pecado. No entanto, ela fornece orientações sobre a modéstia, a humildade e a prioridades de uma vida centrada em Deus, especialmente para as mulheres cristãs. Em passagens como 1 Timóteo 2:9-10 e 1 Pedro 3:3-4, as Escrituras aconselham as mulheres a não focarem excessivamente em adornos externos, como joias e vestimentas luxuosas, mas a darem prioridade a uma vida de boas obras e um coração cheio de virtudes espirituais.
O problema surge quando joias ou maquiagem se tornam motivos de vaidade, ostentação, ou desviam a pessoa do foco principal que deve ser sua relação com Deus. Se o uso desses itens promove orgulho ou se afasta da modéstia e da simplicidade que a fé cristã recomenda, pode ser considerado um obstáculo espiritual. O verdadeiro adorno, conforme a Bíblia, é o caráter interior, moldado pela graça e pela santidade.
Por isso, essa prática no Novo Testamento não é incentivada. Em vez disso, as Escrituras colocam a ênfase no caráter e nas virtudes interiores, ao invés de adereços externos. Sigamos o exemplo da família de Jacó, que, ao subirem para Betel, abandonaram os ídolos e adornos que não glorificavam a Deus, purificando-se para estarem em Sua presença (Gênesis 35:2-4). Da mesma forma, somos chamados a deixar de lado tudo aquilo que nos afasta do Senhor, buscando uma vida de santidade e devoção que agrada a Deus
É PECADO BEBER VINHO?
O vinho está ligado a história de muitos povos antigos do ocidente, como os egípcios, os gregos, os romanos, e os Judeus.
Na Bíblia Sagrada a palavra vinho aparece 140 vezes, pois era algo comum na cultura judaica, inclusive nos dias de Jesus.
Apenas o Livro de Jonas não faz menção ao vinho.
O VINHO NO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento, o vinho era considerado um símbolo de bênçãos e prosperidade concedidas por Deus ao seu povo. Além disso, o vinho também desempenhava um papel no culto a Deus, sendo oferecido como uma oferta líquida (Ex 29:30; Lv 23.13, 18, 37; Nm 15:5-10; 28:14).
A única restrição que era imposta era direcionada aos sacerdotes, pois era proibido para eles entrar no Tabernáculo enquanto estivessem embriagados. Portanto, eles eram instruídos a abster-se do consumo de vinho quando estivessem realizando seu serviço no Tabernáculo (Lv 10.9).
VINHO, SÍMBOLO DA IRÁ DE DEUS.
O vinho é visto como uma bênção de Deus para o seu povo (Gn 27:28), enquanto para as nações ímpias representa o juízo divino. Essa dualidade é abordada em várias passagens bíblicas, inclusive no Novo Testamento.
Ler: (Sal 11,6; 75:8; Is 51,17, 22; Je 25,12-29; 51:41; La 4,21; Ap. 14,9, 10; 16,19; 18,5-8)
O VINHO NO NOVO TESTAMENTO
No Novo Testamento o vinho foi usado por Jesus na última Páscoa, para instituir a Nova Aliança. Enquanto o pão representa o seu corpo moído na cruz, o vinho representa o seu sangue derramando por nossos pecados (Mt 26.26-29; Lc 22.19,20).
Jesus, também ordenou aos seus discípulos que repetissem este ato em sua memória, até que Ele voltasse ( 1Co 11.23-26).
Desde então, o vinho sempre esteve presente na Santa Ceia do Senhor nos dias da Igreja primitiva.
VINHO OU SUCO DE UVA?
Apesar de algumas igrejas evangélicas proibirem o uso do vinho na celebração da Santa Ceia, substituindo-o pelo suco de uva, os cristãos primitivos e as igrejas protestantes históricas nunca viram problema nenhum no uso do vinho.
Até porque, a técnica que impede o processo de fermentação natural do suco de uva só surgiu no final do século XIX, permitindo uma alternativa ao uso do vinho.
Acreditasse que essa substituição do vinho para o suco de uva, surgiu na igreja metodista, e depois foi adotado por outras igrejas até o dia de hoje.
Afinal, beber vinho é considerado pecado ou não?
Caro irmão em Cristo, consumir vinho não é um ato pecaminoso. Embora algumas igrejas proíbam seus seguidores de beber vinho por consider um "pecado", é importante ressaltar que não há qualquer proibição específica ao consumo dessa bebida na Bíblia. Em vez disso, existem apenas recomendações para evitarmos a embriaguez.
Assim como os sacerdotes eram instruídos a não entrar no Tabernáculo em estado de embriaguez, também devemos adorar a Deus com sobriedade, pois é impossível cultuá-Lo de forma racional quando estamos sob o efeito do álcool. A Escritura nos exorta a oferecer nossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Romanos 12:1), o que requer uma mente clara e um coração sóbrio. Portanto, é aconselhável evitar o consumo excessivo de vinho.
Leia: (Is. 5.11; 28.7; PV 23.20; 23. 29-35; Ef 5:18; 1Tm 3.3,8; Tt 1.7; 2.3).
Os textos bíblicos que abordam a questão da embriaguez têm como objetivo nos alertar sobre os perigos das bebidas alcoólicas e não para contradizer aqueles que não veem problema no consumo de vinho. No entanto, é importante ressaltar que nem mesmo Jesus se abstinha do vinho, exceto na cruz, de acordo com algumas versões bíblicas (Mt 27:34). Além disso, os Apóstolos também não se abstiveram do vinho, como evidenciado em passagens como Mateus 11:19, Mateus 26:27-29, Lucas 7:34 e 1 Timóteo 5:23.
É bom lembrar que eles também não andavam bêbados perambulando pelas ruas ou escandalizando a pregação do Evangelho por causa de bebidas alcoólatras, como fazem muitos nos dias de hoje. Pois assim como o vinho pode ser uma benção, o uso indevido do mesmo pode torna-se uma maldição (Pv 23.29-35).
É preciso entendermos, que como tudo o que o nosso Deus criou e viu que era bom ( Gn 1.12), o vinho é benção de Deus para nós, para ser desfrutado com alegria, mas sem exagero é claro.
Leia e reflita: (Dt 7.13, 11:14; Sl 104:14,15; Pv 3.10).
Agora, se isso escandaliza teu irmão, evite, e a fé que tens guarde entre você e Deus, pois a nossa liberdade não pode servir de tropeço para os fracos na fé. Muitos irmãos em Cristo tiveram suas vidas, trabalhos e famílias destruídas por bebidas, então é aceitável que procurem se abster, e precisamos considerar isso, como nos aconselha Paulo em Romanos 14, ele disse:
"Não destruas por causa da comida a obra de Deus. Na verdade tudo é limpo, mas é um mal para o homem dar motivo de tropeço pelo comer. Bom é não comer carne, NEM BEBER VINHO, nem fazer outra coisa em que teu irmão tropece. A fé que tens, guarda-a contigo mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque o que faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado".
Algumas considerações sobre o consumo de bebidas alcoólicas.
É importante reconhecer que a Bíblia não proíbe explicitamente o consumo de vinho. No entanto, muitas pessoas abusam dessa liberdade concedida por Deus e se entregam ao consumo irresponsável de bebidas alcoólicas de todos os tipos.
O fato de a Bíblia não proibir o consumo de vinho não nos dá o direito de incentivar o consumo de cerveja ou fazer propaganda de qualquer tipo de bebida alcoólica. Nossa prioridade como cristãos não deve ser o consumo de bebidas intoxicantes, mas sim sermos cheios do Espírito Santo e dedicados a pregar o Evangelho de Jesus (Atos 2.8; Efésios 5.18).
Não há compatibilidade entre servir a Deus e ser amante de bebidas fortes. A Bíblia é clara ao afirmar que "nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus" (1 Coríntios 6.9-10).
Essa advertência nos alerta sobre o quão perigoso é não saber administrar a liberdade que Cristo nos proporciona, transformando-a em uma porta larga para a perdição eterna.
Embora a Bíblia não nos proíba de beber vinho, ela nos adverte sobre o uso de bebidas fortes e embriaguez, como coisas que devemos evitar (Provérbios 20.1; 23.20, 29-35).
Até mesmo nisso, os cristãos precisam se diferenciar daqueles que estão no mundo, a fim de glorificar a Deus (1 Coríntios 10.31).
Portanto, não permita que o consumo de bebidas alcoólicas se torne um obstáculo em sua vida e o afaste da comunhão com Deus. Lembre-se de que obedecer a Deus é melhor do que beber com moderação. Priorize a busca por uma vida equilibrada e dedicada a servir a Deus em todas as áreas.